Embora aplaudindo o projecto, em fase final de conclusão, o presidente da autarquia maiata lamenta a falta de acessibilidades a este centro logístico. Diz Bragança Fernandes que “se esqueceram de executar uma via de ligação directa às auto-estradas existentes, a A28 e a A41”. Como não o fizeram, o trânsito está a ser direccionado para a “estreita” Rua de Vilar do Senhor.
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A reivindicação não é de agora e já foi discutida em “várias reuniões” que juntaram a Câmara da Maia e a ANA ou a autarquia e secretários de Estado, do anterior e do actual Governo. Considerando que “é uma questão de boa vontade e de civismo para com a população de Vila Nova da Telha”, o autarca maiato reclama, por isso, a intervenção do agora ministro António Mendonça, a quem já enviou novo ofício, há cerca de três semanas. “Porque algo tem de ser feito”, reitera o edil maiato.
Bragança Fernandes vai mais longe nas críticas à ANA, admitindo que, “se fosse em Lisboa, se calhar” teria a desejada ligação directa. O autarca maiato conclui que “a ANA trabalha muito mal, porque só olha pelo que está dentro da vedação” e dá como exemplos a Rua da Fábrica e a Rua de Lagielas, onde a vedação dos terrenos foi instalada “mesmo junto às valetas ou mesmo junto à berma da estrada, não dando possibilidades ao município de fazer um passeio”. Ao Estado, o presidente da Câmara da Maia reclama que a ANA seja tratada como qualquer outro promotor privado:
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Assim não foi, por exemplo, para o licenciamento dos equipamentos criados nas instalações do aeroporto, como os bares ou os cafés. Se é certo que, enquanto obra pública, o aeroporto não requer licenciamento municipal, também o é que “os alvarás sanitários têm que vir à câmara municipal”, sustenta Bragança Fernandes, concluindo que “a ANA é um Estado dentro do próprio Estado e o Governo tem que dizer pára e ouvir as câmaras”.
PRIMEIRA MÃO tentou obter uma reacção da ANA – Aeroportos de Portugal, mas sem sucesso.
Marta Costa