A Maia representava, em 2007, mais de um por cento (%) do poder de compra nacional. O município integrava um grupo de 22 com este peso individual, ainda que bem abaixo de Lisboa. A capital representava 11% do poder de compra total, de acordo com o “Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio 2007” do Instituto Nacional de Estatística (INE), revelando-se desde já as desigualdades existentes no país.
No documento divulgado pelo INE em finais do ano passado conclui-se que, dos 308 municípios portugueses 39 superavam em 2007 o poder de compra per capita médio nacional. E não só Lisboa se destacou. Os valores mais elevados foram identificados nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, bem como em algumas capitais de distrito. Daí que o INE fale em “associação positiva entre o grau de urbanização das unidades territoriais e o poder de compra aí manifestado quotidianamente”.
Esta oitava edição do estudo revela que, em 2007, o Indicador per Capita (IpC) do poder de compra era de 100,5 no Continente e de 83,6 e 95,5, respectivamente, nos Açores e na Madeira. Se nos cingirmos apenas ao território de Portugal continental, as regiões de Lisboa e do Algarve ainda superaram o poder de compra per capita médio nacional. A primeira, em 36,9 pontos e o Algarve em 3,6. Aquém da média nacional do poder de compra per capita ficaram as regiões do Norte (86,2), Centro (83,8) e Alentejo (87,3).
Voltando ao IpC, Lisboa volta a destacar-se com o índice mais elevado: 235,7. Acima de 120 de IpC, e acima da média nacional, estavam ainda quatro municípios da Área Metropolitana do Porto (AMP) – Matosinhos, Porto e São João da Madeira – assim como capitais de distrito de que são exemplos Aveiro, Coimbra e Faro. No pólo oposto o INE referenciou 21 municípios com um poder de compra per capita correspondente a menos de metade da média nacional de 2007, sendo que 15 faziam parte do interior da região Norte.
Depois de Lisboa, a representar 11% do poder de compra total, o estudo elenca os 22 municípios que, individualmente, concentravam em 2007 mais de 1% do poder de compra nacional. Aqui aparece a Maia, a par de concelhos como Gondomar, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira e ainda Almada, Amadora, Cascais, Loures, Odivelas, Oeiras, Seixal, Setúbal ou Vila Franca de Xira.
Marta Costa