Eugénio Ferreira é o proprietário da confeitaria Ni e deu conta do assalto à chegada do estabelecimento, onde viu a porta encostada, quando eram 6h55 de quinta-feira. Não havia vidros partidos e a entrada foi feita com o forçar das fechaduras. O sistema de alarme foi desactivado pelos ladrões, inviabilizado de maneira “engenhosa” e introduzido dentro da arca frigorífica à entrada do estabelecimento, de modo a não produzir ruído que pudesse alertar os moradores da zona, na urbanização do Lidador. “Tenho o alarme ligado ao meu telemóvel e ao da minha mulher e nem sequer teve tempo de tocar”, confessa Eugénio Ferreira.
As diligências policiais efectuaram-se pouco depois do alarme. A confeitaria contou com a presença da Guarda Nacional Republicana e da Polícia Judiciária, que levou consigo o alarme desactivado pelos meliantes e também uma garrafa para a extracção de impressões digitais.
Uma situação que já não é novidade para Eugénio Ferreira. É a quarta vez que o estabelecimento que gere sofre um assalto. E uma tentativa recente. “No sábado passado tentaram assaltar a minha carrinha e tudo me leva a crer que era com a minha carrinha que queriam fazer o assalto. Partiram-me o vidro, fizeram ligação directa mas um vizinho meu apareceu e eles fugiram”. Os indivíduos aparentavam ter cerca de “20 e poucos anos” e puseram-se em fuga num Opel Corsa de cor escura.
Assaltos que adensam o sentimento de insegurança que se vive naquela que é uma das zonas mais problemáticas da Maia no que diz respeito à criminalidade. E nem é só à noite que os problemas se detectam. Diz Eugénio Ferreira que “até durante o dia são furtadas coisas. Coisas pequeninas, é certo, mas continuam a assaltar coisas”.
Pedro Póvoas